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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Diferença de nota entre universidades públicas e privadas cai

Margem diminuiu porque as instituições particulares mantiveram suas médias e as públicas tiveram um recuo. Maior queda nas notas, segundo dados divulgados pelo MEC, aconteceu nas universidades estaduais
Fábio Takahashi escreve para a "Folha de SP":
A vantagem das universidades públicas sobre as privadas no indicador de qualidade do governo federal diminuiu 19% em um ano, apontam dados do Ministério da Educação. A nota média das públicas era 27% superior que as particulares em 2007 e caiu para 22% no ano seguinte.

Os dados, divulgados anteontem, referem-se ao IGC (Índice Geral de Cursos), que considera itens como desempenho dos estudantes numa prova (Enade), qualificação dos docentes (número de doutores) e a nota da pós-graduação, entre outros.

A diferença diminuiu porque as instituições privadas mantiveram suas médias (239, em escala até 500) e as públicas tiveram um recuo (de 304 para 292), apontam dados tabulados por Oscar Hipólito, ex-diretor do Instituto de Física da USP de São Carlos e pesquisador do Instituto Lobo.

Dentro das públicas, o maior recuo ocorreu nas universidades estaduais - a média caiu 9%. Os dados não consideram USP e Unicamp, que decidiram não participar da avaliação. Nas federais, a queda foi de 1%.

Os novos dados mostram também que o número de universidades estaduais reprovadas subiu de um para cinco, aquelas com 1 e 2 no IGC. Estão nessa lista as universidades estaduais de Goiás, Alagoas, Roraima, Piauí e de Ciências da Saúde de Alagoas.

O presidente da Abruem (entidade que representa as universidades estaduais), João Carlos Gomes, afirma que as instituições estão preocupadas com os indicadores.

"Mas há esforço para melhorar esses índices. Temos universidades novas, em processo de crescimento", disse. "Estamos, por exemplo, melhorando a titulação dos docentes."

O pesquisador Oscar Hipólito cita duas possibilidades para o problema nas estaduais. "Em alguns Estados, pode haver mais interferência política na gestão universitária. O que ocorre menos nas federais e nas estaduais de São Paulo."

Outra hipótese é que o controle das estaduais seja menos rigoroso, pois o processo está principalmente nas mãos dos Conselhos Estaduais de Educação, e não nas do MEC.

"Uma expansão das estaduais pode explicar o desempenho, mas é preciso fazer estudos mais aprofundados", disse o presidente do Inep (instituto do MEC responsável pela avaliação), Reynaldo Fernandes.

O presidente do Semesp (sindicato que representa as universidades privadas), Hermes Figueiredo, afirma que o setor das particulares "não gosta" da comparação com as públicas. "O que buscamos é a excelência acadêmica, independentemente do desempenho das públicas", disse. "Além disso, o IGC é apenas um indicador. Para nós, há fatores que interessam mais, como a empregabilidade dos nossos estudantes."

(Ricardo Westin)

(Folha de SP, 2/9)

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