Bem-vindo ao blog do Laboratório de Bioinformática Estrutural (LaBiE) da ULBRA

Laboratório vinculado ao Curso de Química e ao Programa de Pós-Graduação em Genética e Toxicologia Aplicada (PPGGTA) da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra)
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quinta-feira, 29 de abril de 2010

O quê você pode aprender a partir do genoma?

Artigo recente publicado no periódico Lancet descreve uma abordagem completa e integrada para tirar o máximo de informação clinicamente relevante das seqüências genômicas. No entanto, a mensagem principal do artigo é sobre o quanto ainda estamos longe antes que possamos fazer pleno uso de nossa informação genética. Em resumo, mais oportunidades para a bioinformática. Leia mais aqui.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Genoma de bactéria que causa doença virulenta a castanheiros é sequenciado

Equipe de cientistas britânicos espera lançar luz sobre os mistérios do cancro do castanheiro (bleeding canker), uma doença que ameaça as árvores da espécie. Leia aqui.

terça-feira, 20 de abril de 2010

A bioinformática avança

Com uma placa de vídeo e um processador, aluno de mestrado da UnB consegue fazer comparação genética entre cromossomos do homem e do macaco mais rapidamente do que a obtida por 4.096 processadores

Respostas sobre a origem da espécie humana podem vir de outros lugares que não os laboratórios de biologia. Graças a uma área que vem ganhando cada vez mais espaço - a bioinformática - e à contribuição de especialistas das ciências exatas, os cientistas conseguem se aprofundar cada vez mais no estudo das células e DOS genes do homem.

Uma das mais recentes inovações veio da Universidade de Brasília (UnB). Edans de Oliveira Sandes, 25 anos, aluno do mestrado em ciência da computação, testou um novo método para a comparação genética entre toda a sequência dos cromossomos 21 do homem e 22 do chimpanzé.

O estudante utilizou uma placa de vídeo de cerca de R$ 1 mil acoplada a um processador comum para atingir maior desempenho na comparação e obteve um resultado surpreendente: a análise foi feita em 21 horas. A orientadora do mestrado de Edans, professora Alba Cristina Melo, estima que seriam necessários 4.096 processadores trabalhando durante 24 horas para atingir o mesmo resultado - ou 64 processadores funcionando durante um mês.

O grande diferencial da técnica desenvolvida na UnB é que ela permite a comparação da sequência integral dos dois cromossomos. Hoje, a análise genética de qualquer ser vivo depende de computadores potentes e muita memória, uma vez que a quantidade de dados em cada gene é astronômica. Por conta disso, muitos cientistas utilizam apenas partes dos cromossomos para fazer seus estudos. Essa ferramenta é chamada de método heurístico.

"O método heurístico é utilizado na maior parte dos chamados projetos genoma. Mas existe outro método mais exato e que dá uma solução melhor ainda. O problema é que essa técnica não está difundida, porque gasta muito tempo e muita memória de processamento", esclarece a professora Alba.

A ideia do projeto surgiu em 2008, quando Alba fazia pós-doutorado na Universidade de Ottawa, no Canadá. Ela leu um artigo publicado na revista Nature, quatro anos antes, sobre a similaridade entre o cromossomo 21 do homem e o 22 do chimpanzé. Na época, pesquisadores do Japão, da China, da Alemanha e dos Estados Unidos utilizaram o método heurístico para fazer a análise. "Aí eu pensei: 'Por que não tentar o estudo da sequência completa?'", conta a professora.

O desafio foi aceito por Edans Sandes, que já havia trabalhado com computação de alto desempenho quando cursava a graduação. O estudante, então, aplicou o tal método pouco difundido, o algoritmo de Smith-Waterman, proposto em 1981. Edans levou cerca de seis meses para executar as instruções na placa de vídeo.

"Até pouco tempo atrás, esse algoritmo havia sido usado apenas em processadores normais. Há cerca de cinco anos, porém, começaram os testes em placas de vídeo", explica o jovem.

A placa GPU - sigla para Graphics Processing Unit (unidade de processamento de vídeo) - tem sido muito utilizada na computação de alto desempenho, porque os modelos atuais têm, pelo menos, 200 núcleos de processamento.

"Hoje, a gente já fala em duo core, quad core, que seriam dois ou quatro núcleos de processamento na CPU do computador. O interessante da placa de vídeo é que ela já tem uma grande quantidade de cores", detalha o mestrando.

Edans utilizou um modelo de 240 núcleos. Outros pesquisadores já usaram placas GPU em projetos parecidos com esse, mas nunca para a análise de sequências longas - caso dos cromossomos 21 do homem e 22 do chimpanzé. O 21 do homem possui 46,9 milhões de bases e o do macaco, 32,7 milhões. O cálculo da matriz entre os dois dá um número gigantesco de mais de 12 petabytes.

Espelho dos primatas

A primeira fase da pesquisa de Edans mostrou que os dois cromossomos têm 83% de similaridade, o que faria deles cromossomos homólogos. Segundo o professor Fábio Pittella, do Instituto de Biologia da UnB e especialista em genoma humano, a expressão indica que muitas informações presentes no cromossomo 22 do macaco estão também no 21 do homem. Esse cromossomo é um dos menores da cadeia genética e foi o primeiro a ser sequenciado no projeto genoma humano.

"Em ciência, a gente sempre procura facilitar o estudo das coisas. Por ele ser um dos menores, é um dos mais utilizados em pesquisas", explica Pittella.

Os cientistas ainda não mapearam completamente o cromossomo 22 do chimpanzé, mas já foram encontradas má-formações parecidas com as do cromossomo 21. No homem, quando há a trissomia do 21 - o cromossomo, ao invés de se duplicar, é triplicado - ocorre a Síndrome de Down. Pesquisas com primatas identificaram indivíduos com essa mesma trissomia no cromossomo 22 e características semelhantes às de Down.

Na segunda fase do projeto, que deve terminar até julho deste ano, Edans Sands pretende obter o alinhamento completo dos dois cromossomos. Isso servirá para que os cientistas identifiquem exatamente as partes similares e, assim, possam determinar quais características são intrinsecamente humanas. Seria uma forma de entender como ocorreu a evolução do homem.

"Minha ideia é desenvolver, até o fim do mestrado, uma ferramenta que possa ser usada pelos biólogos para fazer comparações desse tipo com mais rapidez", explica o estudante da UnB. Edans também espera melhorar o desempenho da placa GPU. "Conseguimos o resultado da análise em 21 horas com um modelo comum. Dentro de um ou dois anos, essas placas estarão ainda mais desenvolvidas e poderemos reduzir o prazo da comparação", planeja o jovem.

A professora Alba, orientadora do mestrado de Edans, já apresentou o projeto em uma conferência de computação na Índia. Também fez duas palestras sobre o tema, uma na França e outra na Alemanha. Ela e Edans, no entanto, ainda não encontraram biólogos especializados no assunto para fazer a análise dos resultados.

"O problema é que, na biologia, eles trabalham com organismos específicos. Existem biólogos que estudam cada cromossomo do homem e do macaco, exclusivamente", comenta Alba.

Mesmo sem esse retorno, a professora afirma que a interação entre biologia e ciência da computação vai gerar muitas descobertas nos próximos anos. Colega de Alba, a professora Maria Emília Walter é doutora em bioinformática. Ela aposta que os cientistas da computação podem sugerir novos caminhos de pesquisa para as ciências da vida.

"Nós desenvolvemos ferramentas para juntar os dados por eles coletados e apresentar uma análise completa do ponto de vista computacional", explica. "E isso tende a crescer cada vez mais, inclusive com a cooperação de outras áreas, como a farmácia, a medicina, a química e a física", exemplifica.

(Carolina Vicentim)

(Correio Braziliense, 19/4)

Antioxidantes podem não ajudar na prevenção do câncer

Para diminuir o risco de câncer, não conte com suplementos antioxidantes. Foi a conclusão de um painel de investigadores na reunião anual da Associação Americana para Pesquisa do Câncer. Leia.

domingo, 18 de abril de 2010

Bioinformática farmacêutica

Siga esta novidade, pois a Bioinformática Farmacêutica é uma das novas disciplinas no campo da da genômica.
A Bioinformática Farmacêutica é essencial para a biomedicina, possuindo aplicações em áreas como farmácia, medicina, biologia e química medicinal. Leia mais aqui.
O texto "Dos genes aos fármacos" também trata um pouco sobre este assunto.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Incentivo à produção de fitoterápicos ainda não deslanchou no país

Produção de medicamentos a partir de plantas medicinais pode ser alternativa para o desenvolvimento do semiárido, aponta pesquisador

Iniciativa interministerial instituída por decreto em 2006, a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos ainda não gerou frutos, devido principalmente à falta de uma instância superior que coordene as ações individuais promovidas em diferentes instituições do país.

O diagnóstico foi apresentado pelo médico Odorico Moraes, professor do Departamento de Fisiologia e Farmacologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), nesta quarta-feira (14/4), na Reunião Regional da SBPC em Mossoró (RN). Com mais de 30 anos de experiência na área de fitoterápicos, o pesquisador entende que o segmento, apesar de promissor, ainda não recebe a atenção que merece em termos de políticas públicas.

"O impacto da política de plantas medicinais e fitoterápicos, até agora, é zero. Falta uma coordenação acima dos ministérios que tenha o poder de dizer o que cada um deles deve fazer", avaliou o pesquisador.

A política nacional tem como objetivo principal garantir à população o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional.

Suas ações são determinadas por um programa elaborado por representantes de nove ministérios (Casa Civil; Integração Nacional; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Desenvolvimento Agrário; Ciência e Tecnologia; Meio Ambiente; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Cultura), além da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A falta de uma coordenação supraministerial, alerta Moraes, também desestimula a colaboração efetiva entre as instituições que estudam o tema. "Cada pesquisador faz seu trabalho isoladamente. Não sei se alguém do Rio está estudando a mesma planta que eu, no Ceará. E isso faz com que a gente duplique esforços e investimentos", lamenta.

O pesquisador conta que, por encomenda do Ministério da C&T, com investimento de R$ 2 milhões, a UFC iniciou estudo com cinco plantas medicinais, com grande potencial de aplicação industrial. "Vamos fazer nosso trabalho, estudar sua eficácia e segurança. Entretanto, não tenho nenhuma garantia de que outras pessoas não estão fazendo o mesmo", observa.

Segurança nacional

Em sua apresentação na Reunião Regional de Mossoró, Odorico Moraes mostrou que 88% das matérias-primas utilizadas pelas indústrias farmacêuticas são importadas da Índia e da China. No entanto, alerta o pesquisador, esses países já não querem mais vender insumos, e sim o medicamento manufaturado.

"Além de comprar medicamentos de qualidade duvidosa, vamos ficar dependentes dessas nações. Trata-se de uma questão de segurança nacional. Um país que tem capacitação nas universidades e uma biodiversidade imensa como a nossa está perdendo tempo", avalia.

A produção de fitoterápicos pode ser ainda uma alternativa viável para o incremento da inovação das indústrias farmacêuticas nacionais. Segundo Moraes, o custo médio para desenvolver um medicamento sintético varia entre US$ 400 milhões e US$ 800 milhões. Para a produção de um fitoterápico, o custo no Brasil fica entre R$ 15 milhões e R$ 30 milhões.

Semiárido

O clima peculiar do semiárido brasileiro fez com que muitas espécies da flora regional desenvolvessem adaptações que ainda são pouco conhecidas dos pesquisadores, garante Moraes.

Para o pesquisador da UFC, além de melhor aproveitar a rica variedade existente nas chamadas "farmácias vivas" do Nordeste, a produção de fitoterápicos pode servir para introduzir o produtor rural na cadeia do desenvolvimento e apresentar uma alternativa econômica a estas comunidades - num mercado promissor e que movimenta internamente perto de R$ 600 milhões por ano.

"Precisamos aproveitar a base acadêmica e a infraestrutura já existente na região e investir com força na produção de fitoterápicos como alternativa para o desenvolvimento do semiárido. Para isso, o governo deve incentivar as iniciativas já existentes e determinar estratégias para pesquisas futuras", conclui o pesquisador.

(Daniela Oliveira, de Mossoró, para o Jornal da Ciência)

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Vírus transformado usa luz para dividir molécula de água

A pesquisadora Angela Belcher, do MIT, projetou um vírus que capta energia luminosa e a utiliza para catalisar a divisão de moléculas de água, um primeiro passo de um possível novo caminho para gerar hidrogênio para células de combustível. Leia a matéria da Scientific American

Estudos recentes sobre alosterismo

Leia os resumos de estudos recentes envolvendo alosterismo em importantes alvos farmacológicos, publicados na Cell - Structural Biology Select

terça-feira, 13 de abril de 2010

RCSB PDB e OpenHelix anunciam tutorial e material de treinamento gratuitos

O Protein Data Bank (PDB) se junta com parceiro OpenHelix (especializado em recursos de informática) para fornecer tutoriais online, guias de referência rápida, além de e outros programas de formação e treinamento. Leia mais aqui.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Especialistas criticam engessamento do sistema nacional de CT&I

Necessidade de flexibilizar mecanismos de financiamento e avaliação de projetos é apontada em seminário preparatório para a 4ª Conferência Nacional de CT&I

A defesa por regras mais flexíveis para o desenvolvimento da ciência no país - seja na relação público-privada, com as agências de fomento ou mesmo dentro da academia - marcou as discussões do primeiro seminário temático preparatório para a 4ª Conferência Nacional de CT&I (4ª CNCTI), realizado na segunda-feira (6/4), na sede da Academia Brasileira de Ciências (ABC), no Rio de Janeiro.

Até a próxima semana, acontecerão seis encontros, com o objetivo de consolidar as discussões que serão apresentadas na grande conferência de maio. O primeiro debate teve como tema a produção do conhecimento no Brasil e reuniu especialistas de diferentes instituições.

Para o presidente da SBPC, Marco Antonio Raupp, que coordenou a sessão "O estado da ciência no Brasil", o país carece urgentemente de uma legislação abrangente e adequada à realidade das demandas atuais e futuras da ciência.

"Temos uma deficiência histórica nesse quesito, que resulta do fato de que a atividade científica é nova no país e não está prevista nos códigos tradicionais. As instituições de C&T são, em sua maioria, públicas, mas os usuários do conhecimento científicos são privados. Essa dicotomia público-privado precisa ser superada", observou.

Mesmo dentro do governo o marco legal para CT&I é apontado como obstáculo ao desenvolvimento do setor. Na avaliação de Glaucius Oliva, diretor de Programas Horizontais e Instrumentais do CNPq, o sistema atingiu um grau de maturidade que requer maior flexibilização, com mais foco nos resultados das pesquisas e menos controle das ações.

"Precisamos desonerar as ações de ciência e tecnologia. Gastamos muito tempo com controle e pouco tempo com avaliação. É preciso flexibilizar o uso dos recursos em pesquisa e aplicar um esforço maior no acompanhamento das diferentes áreas. Temos que sair do provincianismo do controle", opinou.

O geneticista Sergio Pena, da UFMG, ressaltou que as agências de fomento no Brasil insistem que os projetos submetidos tenham início, meio e fim bem determinados e facilmente perceptíveis - numa postura que ele classificou como "demanda criacionista".

"Os burocratas da ciência querem cronogramas e conclusões pré-definidas. Então você propõe uma pesquisa e tem que dizer qual será o resultado. Temos que criar mecanismos de seleção natural que permitam que os projetos cresçam e alcancem um nível ótimo de qualidade, não porque alguém quis, mas pelo caminho que naturalmente vão chegar", avalia.

O sistema de formação de pessoal, em sua configuração atual, também é considerado muito rígido. O físico e professor da UFMG Alaor Chaves ressalta que, além de cursos muito especializados, o sistema não é atrativo a profissionais que transpõem áreas. Ele defende uma formação mais flexível e menos precoce.

Sergio Pena alertou para outra questão relacionada à formação: a pesquisa baseada na pós-graduação. Uma vez que os alunos têm um tempo restrito para completar seus cursos, acabam trabalhando com projetos de baixo risco, que garantam o grau. "Isso implica na realização de projetos seguros, menos criativos, que produzem papers de menor qualidade", critica.

Desafios

A pedido do Ministério da C&T, o presidente da SBPC apresentou uma síntese do documento que está sendo preparado pela entidade, a partir de contribuições das sociedades científicas, para a 4ª CNCTI.

Embora reconheça o esforço do governo em favor da C&T, especialmente com o lançamento do Plano de Ação 2007-2010 e com o aumento dos recursos para o setor, Raupp apontou alguns entraves ao desenvolvimento do sistema nacional de CT&I, como o déficit de pessoal qualificado nos institutos de pesquisa do país.

"Não existe uma relação entre as contratações que ocorreram nas universidades, que aumentaram significativamente, e as contratações para os institutos. Alguns deles estão em situação desesperadora", alertou Raupp, ressaltando que esse aumento nos quadros de pessoal deve vir acompanhado por projetos mais consistentes de atuação desses institutos.

Outro desafio, segundo o presidente da SBPC, é não só o aumento mas a atualização da infraestrutura existente no país, para atender às novas frentes, como ciência na Amazônia, biocombustíveis, microletrônica e nanotecnologia, entre outros.

Raupp criticou ainda a gestão do sistema de C&T, que a seu ver é feita com pouco profissionalismo. "As universidades não contam com estrutura para gestão eficiente da pesquisa. O mesmo acontece com os institutos envolvidos com gerenciamento de grandes projetos. E sem isso, não temos como desenvolver nosso sistema de ciência e tecnologia", disse. Ele apontou como exemplo a gestão do setor espacial, considerada como "catastrófica" e "completamente defasada".

Desigualdade

A concentração regional da produção científica no país mereceu destaque durante o seminário na ABC. Marco Antonio Raupp ressaltou que o país precisa fazer um grande esforço para corrigir a excessiva concentração da pesquisa no Sudeste e no Sul, em especial no que diz respeito à ciência associada aos recursos naturais.

O geneticista Sergio Pena reconhece que é necessário investir em regiões com menos desenvolvidas. Mas alerta que essa ação não pode concorrer com o investimento nos centros de excelência do país, impedindo o desenvolvimento de pesquisas de alto nível de competitividade internacional.

"Não há contradição em ter grupos mais fortes e a desconcentração da pesquisa no país", concluiu o presidente da ABC, Jacob Palis.

(Daniela Oliveira, do Jornal da Ciência)